Complementar a renda dos aposentados para com medicamentos e plano de saúde é a principal justificativa dos idosos que continuam a trabalhar.
Atualmente no Brasil, 42,3% das pessoas entre 60 e 70 anos e que já estão aposentadas continua trabalhando. Esse contingente é bastante expressivo, quase a metade dos idosos nessa faixa etária, segundo pesquisa realizada pelo SPC Brasil e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas.
A aposentadoria não garante a sobrevivência
A aposentadoria e a pensão significam a principal fonte de renda para 74,6% dos idosos. Os que continuam trabalhando são, na maioria, autônomos ou no trabalho informal. Os idosos que trabalham e os que vivem apenas com sua aposentadoria ajudam para o sustento da família, em 95,7% dos casos.
E na maioria das vezes (59,7%) são os principais responsáveis pela renda familiar.Para a maioria destes idosos a aposentadoria não é suficiente para pagar suas despesas pessoais, esse é o motivo apresentado por 46,9% dos aposentados que trabalham. Outros motivos são manter a mente ocupada, em 23,2% dos casos e para se sentirem ainda produtivos, em 18,7% dos que foram ouvidos. Ainda 9.1% continuam a trabalhar para ajudar filhos e netos.
O trabalho como fonte de satisfação pessoal
Dentre os aposentados que trabalham e foram ouvidos pela pesquisa, um total de 70,7% declarou sentimentos positivos acerca do trabalho, como a satisfação e o orgulho por serem economicamente ativos. Apenas 28,3% reclamam sobre a necessidade de trabalhar depois de aposentados, 9,3% estão indignados com essa necessidade e 8,1% apenas se sentem cansados.
Além da contribuição obrigatória para o INSS, que garantiu a aposentadoria, apenas 17,4% contribuiu para a previdência privada por conta própria, 8,4% contribuiu para a previdência privada, 4,5% investiu em depósitos na poupança e 4,45 adquiriu imóveis. De maneira geral, os idosos não têm outras fontes de renda além da aposentadoria pública.
Não se pode afirmar, como fazem alguns economistas, que os idosos não tenham se preparado para essa fase da vida, porque a instabilidade profissional e a dificuldade em poupar acompanhou a maioria durante a vida toda, em virtude dos baixos salários que recebiam. Portanto, a recomendação para que se evite depender da previdência pública é muito limitada naquelas faixas de renda mais baixas, com remunerações que não garantem o mínimo para a sobrevivência da família e onde se torna muito difícil contribuir para previdência privada.
A renda dos idosos não é corrigida pela inflação
A maioria dos idosos aposentados, pensionistas ou segurados do INSS depende das aposentadorias e pensões que, no entanto, não são reajustadas segundo o Índice de Preços ao Consumidor, que é referência para a correção da inflação.
O Índice de Preços ao Consumidor específico para medir o custo de vida na faixa etária acima de 60 anos é o IPC-3i, Índice de terceira idade. Este indicou que, até junho de 2016 a inflação foi de 8,71% para esse setor, acima da inflação geral, que foi de 8,54%, no mesmo período. Os gastos com medicamentos foram os que contribuíram com a maior alta, de 7,47%. Os preços dos planos de saúde também pesam muito para o grupo de pessoas de mais de 60 anos.
Enquanto que o salário mínimo foi reajustado pela inflação e teve aumento real até 2015, para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo a correção foi abaixo da inflação oficial, o que fez com que seu poder de compra despencasse.
Programas de medicamentos gratuitos têm apresentado problemas
Os idosos com uma aposentadoria maior, além do que gastam com remédios, acabam por adquirirem um plano de saúde, que fica em média R$ 800, o que pesa muito no seu orçamento. Os reajustes nos salários ficam longe daqueles registrados na área de saúde. Segundo denúncias, os idosos estão encontrando dificuldades para obter medicamentos gratuitos dos programas do governo federal. De acordo com a União dos Aposentados e Pensionistas do Brasil – núcleo CE, os gastos com saúde estão muito elevados, principalmente para os aposentados que ganham o salário mínimo. A situação se agrava porque muitas vezes não encontram os medicamentos gratuitos antes garantidos pelo governo.
A consequência é que os aposentados que precisam continuar cada vez mais a ter um plano de saúde e dar continuidade a seus tratamentos, passam a diminuir a dosagem dos remédios, o que é perigoso, ou então cortam as despesas com alimentação e lazer.Segundo a FGV, 15% da renda dos aposentados é destinada aos gastos com saúde.
Repare que para 30% dos mais pobres e para 12% dos mais ricos, os gastos com saúde respondem por mais de um quarto da renda familiar. E em média, de acordo com a FGV, 15% da renda dos aposentados estão comprometidos com gastos com saúde.
Pesquisa da Mercer ouviu 11.500 aposentados no Brasil sobre o seu orçamento e despesas. As respostas desmentiram a crença de muitos economistas que trabalham no ramo da previdência privada, de que na terceira idade as pessoas reduzem seus gastos, passando a precisar de apenas 70% a 80% do salário atual para sobreviver.
Na realidade, os aposentados não só em 30% dos casos mantém o mesmo nível de gastos, como precisam gastar até mais, para manter o mesmo nível de vida, conforme registrado em 33% dos casos. Um total de 63% dos entrevistados, ou seja, a grande maioria, demonstrou precisar ter o mesmo nível de rendimentos de quando estavam trabalhando.
Os idosos entrevistados, em 40% dos casos, declararam que as despesas com saúde são as mais pesadas do orçamento. Dentre os que possuem um plano de saúde, esse percentual sobe para 44%. Com a inflação no setor da saúde subindo vertiginosamente, é provável que em um futuro breve os aposentados abandonarão o plano de saúde, exigindo muito mais do sistema previdenciário público.
A realidade exige que os idosos aposentados reorganizem o orçamento
Os idosos aposentados, com mais de 60 anos, precisam anotar suas despesas, para verificar o que consomem e onde podem reduzir o consumo. Entretanto, plano de saúde, alimentação e os remédios não podem ser cortados.
Algumas décadas atrás havia a confiança no sistema previdenciário brasileiro. A ideia que se tinha é que depois da aposentadoria se viveria com menos dinheiro e se poderia facilmente curtir a vida e viajar, por exemplo. Atualmente a realidade não é mais assim e a previdência no Brasil está longe de ser ideal.
Cada vez mais fica claro que os jovens devem se preparar para o futuro, começando desde agora a ter uma poupança, investimentos ou pagando uma previdência privada.
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